A dupla vencedora, com seu Passat TS.
“Foi muito trabalho e dedicação. Nós levamos o rally a sério. Foi muito treino, bom carro e sorte também. Já faz quatro anos que eu e Mário Nardi competimos juntos”, comemora o piloto Rogério Franz. E o que todos garantem é que a parceria deu certo. O resultado são os excelentes resultados em todos os campeonatos que a dupla disputa.
A alegria e a diversão estavam presentes na hora da premiação. Os três primeiros lugares de cada categoria e geral ganharam um troféu e os outros colocados ganharam uma medalha de participação. Para quem pensa que os últimos colocados ficaram tristes, se engana. A alegria, palmas, gritaria e comemoração eram para todos os competidores.
O presidente Thielmann comemora o sucesso do rally.
“O Campeonato deu certo. Acertamos, erramos, mas assim que é bom. Foi muita diversão nessa etapa. Obrigado a todos. A cada dia melhoramos mais. Quando assumi a FBVA tinha como meta fazer o carro rodar e não ser só exposição. Nós conseguimos ultrapassar nossa meta”, ressaltou o presidente da FBVA, Henrique Thielmann, durante a premiação.
O diretor de rally de veículos antigos da CBA, Miguel Meira, mais uma vez elogiou o rally e a organização: “Tinha certeza de que o rally seria ótimo. A CBA está aqui representada por mim e só tenho a elogiar”. Miguel aproveitou que a Confederação Brasileira de Automobilismo está fazendo 50 anos para presentear o presidente do Classic Car Club, Rodrigo Cirne Lima, com um boné da entidade.
Rodrigo parabenizou a todos: “Parabéns a todos vocês que estão aqui, por fazer um evento tão bonito. O importante é isso: a confraternização, a troca de experiências e informações”. Independente dos resultados, o que a maioria dos antigomobilistas curte é a confraternização e colocar os carros para rodar".
A equipe técnica responsável pelo rally foi muito elogiada pela organização e competência. Os responsáveis por esse sucesso foram o diretor de prova Maurício Milano, o diretor de cronometragem Jaime Zechin e o diretor de roteiro Fábio Lazzaroto.
Os três primeiros colocados geral foram respectivamente: Rogério Franz e Mário Nardi (Passat TS – 1977), (BMW 633i – 1978) e Marcelo Mantelli e Simone Bumbel (MGA – 1959).
BMW 633i, com Ronaldo Bittencourt e Adriano Soares Neto, 2º colocados.
A classificação por categoria, geral e o resultado das duas etapas juntas estarão disponíveis no site da FBVA nesta segunda-feira.
MGA Coupé 1959 chama a atenção dos competidores 
O raríssimo MGA Coupé, pilotado por Marcelo e Simone, 3º colocado.
O casal Marcelo e Simone tem duplo motivo para se orgulhar: além de terem faturado o terceiro lugar geral, o carro deles foi um dos mais comentados e elogiados.
“É a primeira vez que competimos com esse carro. Temos cinco e já competimos com todos. O nosso MGA Coupé é raro, o único no Brasil. Ganhar é bom, mas o melhor é confraternizar. Temos muitos amigos no Brasil, Uruguai e Argentina por causa do automóvel antigo. Fazemos muita bagunça, isso que gostamos”, revela Simone. O casal foi um dos mais animados na hora da premiação.
Simone e Marcelo, felizes com o merecido prêmio.
O 1º carro da dupla que começou a colecionar carros e participar de rallys em 2006 foi um Fusca 1965, o único de teto solar do Brasil.
Paixão independe da nacionalidade
O X Rally da Serra contou com um participante internacional: o uruguaio Andrés Buela, que foi o navegador do gaúcho Leonardo Tumelero. Os dois competiram na categoria especial num VW Sedan de 1973. Foram campeões, mas a mesma não pontua para o CBR.
O Fusca com a dupla formada pelo uruguaio Andrés e o brasileiro Leonardo.
Andrés vem ao Brasil uma vez por mês a trabalho. Todas as suas vindas a Porto Alegre são programadas para ele participar de rallys, inclusive ele faz parte do Classic Car Club – RS. “Dois meses atrás, conversando com o Leonardo, tive a ideia de participar como navegador dele. É a primeira vez que corremos juntos e que participo do Rally da Serra. Eu vim para isso e valeu a pena”, ressalta Andrés.
O uruguaio tem uma história antiga com o antigomobilismo. A paixão por carros antigos está presente há três gerações na sua família. “Desde os 10 eu corro. O meu pai, meu tio e meu avô correm. Meu avô tem 87 anos e corre até hoje. A família é um dos motivos da minha paixão”, explica. Com 30 anos, Andrés é assessor financeiro no Uruguai e confessa que todo tempo livre e dinheiro é para carros antigos. Como os brasileiros, o uruguaio considera a confraternização a melhor parte: “A interação com os amigos é o melhor”. Andrés considerou um desafio competir com um brasileiro, pois os sistemas de cada um são diferentes, mas eles conseguiram acoplar os sistemas e o resultado foi a vitória na categoria especial e, quem sabe, uma nova dupla surgindo no antigomobilismo.
